nossos mais recentes textos estão muito conectados. também falo do medo do futuro, de sonhos e do coletivo. li seu texto balançando a cabeça positivamente o tempo todo. que a fumaça (e as dores) passem por aí!
precisamos pensar em novos sonhos! também tenho refletido muito sobre tudo que você colocou aqui. acho que é uma angústia generalizada. e ao mesmo tempo, fico buscando alternativas para manter a esperança por dias melhores, insisto em querer acreditar que eles virão. às vezes parece que é a única coisa que a gente ainda pode fazer.
Sra. Gabi, que fluidez visceral em seu texto-desabafo ! Os ambientalistas e governos devem ler o que se passa conosco face a preocupação mundial -- AFETA A VIDA, A SOBREVIDA !!
Gabi, estive em Ribeirão na semana passada. Na estrada, perto de Porto Ferreira, dois focos de incêndio. Naquela sexta-feira que tudo queimou, a fuligem caía forte. Minha irmã, moradora da cidade, fez um vídeo da frente de sua casa. Parecia que nevava, mas era fuligem. Eu, que estava em São Paulo, vi uma fuligem de queimada cair na minha pedra enquanto assistia a aula de tênis do meu filho. Enquanto isso, as autoridades impediram meus pais de sair de Ribeirão Preto. Eles já estavam na estrada, tentando chegar em Jaú e se viram no meio dos incêndios. O que aconteceu foi criminoso. Os focos em diversas cidades do interior começaram exatamente ao mesmo tempo, como se pessoas tivessem recebido uma ordem de ataque. Para nós da região, lembrou os ataques do PCC aos ônibus, lembra? Juntou a criminalidade ao clima extremamente seco, solo e ar sem umidade nenhuma e deu-se o fogaréu. Foi feio. Tem sido feio. Obrigada por se preocupar. Também não tenho uma resposta sobre ouvir ou não Cassandra. Compartilho da sua paralisia.
Estou lendo “o espírito da esperança”, do Byung-Chul Han, para buscar algum alento em relação ao medo constante em que vivemos, afinal ele nos paralisa (e nos faz buscar conforto - ou conformismo? - na taça de vinho) e tira a nossa visão de futuro. Por ora, sigo sem esperança. Coincidentemente, estou assistindo “Kaos”, série (cafona de maneira proposital) que também explora o quanto o medo é uma ferramenta poderosa para o poder e, consequentemente, para o crescimento de governos ditatoriais. O medo tira a esperança e nos paralisa. De fato, não sei o que podemos fazer. Estamos vivendo o caos. Conversando no último domingo com um amigo que trabalha numa agência da ONU com mudanças climáticas, falamos sobre o fogo no Brasil. Perguntei “estamos ferrados, né.” A resposta foi apenas “sim”. Melhoras, Gabi. Que a gente siga em frente em busca dessa esperança que nos falta e nos adoece, ❤️
Gabi, lembrei muito de O conto da aia, enquanto o mundo como elas conheciam acabavam, as personagens assistiam os acontecimentos pela TV. Parece que estamos paralisadas, né?
Não me enxergar como um idoso, aos setenta ou cinquenta.ja é um começo. Não envelheci . Minha juventude corporal foi sugada para manter um sistema mesquinho. E, agora é minha vez de viver, imaginar,sonhar , tudo que eles sugaram. Me permito ser o jovem , que não me permitiram ser.
querida <3 um abraço em vc e melhoras!
Obrigad, Babi ❤️
Gabi, estou com saudades de você e que bom poder te ler com tanta lucidez. Te mando um abraço apertado.
nossos mais recentes textos estão muito conectados. também falo do medo do futuro, de sonhos e do coletivo. li seu texto balançando a cabeça positivamente o tempo todo. que a fumaça (e as dores) passem por aí!
precisamos pensar em novos sonhos! também tenho refletido muito sobre tudo que você colocou aqui. acho que é uma angústia generalizada. e ao mesmo tempo, fico buscando alternativas para manter a esperança por dias melhores, insisto em querer acreditar que eles virão. às vezes parece que é a única coisa que a gente ainda pode fazer.
Oi, Gabi! que texto! você tocou em uma ferida que está doendo em mim essa semana, principalmente por causa do medo em relação ao futuro.
Melhoras. ❤️🩹
Sra. Gabi, que fluidez visceral em seu texto-desabafo ! Os ambientalistas e governos devem ler o que se passa conosco face a preocupação mundial -- AFETA A VIDA, A SOBREVIDA !!
Gabi, estive em Ribeirão na semana passada. Na estrada, perto de Porto Ferreira, dois focos de incêndio. Naquela sexta-feira que tudo queimou, a fuligem caía forte. Minha irmã, moradora da cidade, fez um vídeo da frente de sua casa. Parecia que nevava, mas era fuligem. Eu, que estava em São Paulo, vi uma fuligem de queimada cair na minha pedra enquanto assistia a aula de tênis do meu filho. Enquanto isso, as autoridades impediram meus pais de sair de Ribeirão Preto. Eles já estavam na estrada, tentando chegar em Jaú e se viram no meio dos incêndios. O que aconteceu foi criminoso. Os focos em diversas cidades do interior começaram exatamente ao mesmo tempo, como se pessoas tivessem recebido uma ordem de ataque. Para nós da região, lembrou os ataques do PCC aos ônibus, lembra? Juntou a criminalidade ao clima extremamente seco, solo e ar sem umidade nenhuma e deu-se o fogaréu. Foi feio. Tem sido feio. Obrigada por se preocupar. Também não tenho uma resposta sobre ouvir ou não Cassandra. Compartilho da sua paralisia.
Estou lendo “o espírito da esperança”, do Byung-Chul Han, para buscar algum alento em relação ao medo constante em que vivemos, afinal ele nos paralisa (e nos faz buscar conforto - ou conformismo? - na taça de vinho) e tira a nossa visão de futuro. Por ora, sigo sem esperança. Coincidentemente, estou assistindo “Kaos”, série (cafona de maneira proposital) que também explora o quanto o medo é uma ferramenta poderosa para o poder e, consequentemente, para o crescimento de governos ditatoriais. O medo tira a esperança e nos paralisa. De fato, não sei o que podemos fazer. Estamos vivendo o caos. Conversando no último domingo com um amigo que trabalha numa agência da ONU com mudanças climáticas, falamos sobre o fogo no Brasil. Perguntei “estamos ferrados, né.” A resposta foi apenas “sim”. Melhoras, Gabi. Que a gente siga em frente em busca dessa esperança que nos falta e nos adoece, ❤️
melhoras, Gabi - gostei muito do texto, e de fato me colocou para pensar (ainda mais).
Gabi, lembrei muito de O conto da aia, enquanto o mundo como elas conheciam acabavam, as personagens assistiam os acontecimentos pela TV. Parece que estamos paralisadas, né?
Apesar de triste, excelente reflexão <3
Não me enxergar como um idoso, aos setenta ou cinquenta.ja é um começo. Não envelheci . Minha juventude corporal foi sugada para manter um sistema mesquinho. E, agora é minha vez de viver, imaginar,sonhar , tudo que eles sugaram. Me permito ser o jovem , que não me permitiram ser.
Melhoras, Gabi <3