Quando criança eu era apelidada de forma pejorativa pela família de manteiga derretida. Nisso, associei totalmente o choro a algo ruim e sempre tentei evitar ele a qualquer custo, em especial em público (no aconchego da minha casa choro em todos os filmes infantis possíveis, a pequena já até acostumou hahaha). Faz pouco tempo que tenho mudado minha relação com as lágrimas e olhado para elas com afeto. Semana passada chorei, de alegria, ao ler as últimas páginas de cor púrpura, chorei pela redenção de tanta gente sofrida, chorei porque era belo demais para guardar dentro de mim. Lindo seu texto Gabi!!
Eu sou daquelas que chora ao ouvir uma música, decorando a árvore de Natal, quando meu filho me abraça e diz que me ama.... sou do time do seu marido. Também chorei ao ler O Caçador de Pipas e, diferente de você, não consegui continuar a leitura. Meu choro doeu no peito....
Quando mais nova eu achava ruim ser "chorona". Não combinava com a imagem de profissional respeitada que eu tanto desejava (tal como você belamente descreveu sobre feminismo e machismo). Hoje já consigo encarar como algo bom, que me conecta com tantas outras pessoas. Por aqui a torneira das lágrimas parece nunca fechar. :)
Pri, que lindo. Tenho a impressão que com filhos serei chorona. Chorei com todos os relatos de partos de amigas e desconhecidas haha Taí um tema que me pega. Abrace mesmo sua torneira aberta
A minha trajetória é ao contrário. Eu era uma manteiga derretida e, recentemente, levei pra terapia esse endurecimento que me faz ser tão difícil chorar.
Onww tem fases da vida que exigem tanto que a gente fica mais resistente; não sei se essa é a palavra ideal. Mas, depois, desagua de novo. Também tem a cultura que você está, talvez? Às vezes somos engolidos por algo do ambiente e nem notamos.
Vou entrar no comentário alheio, porque me identifiquei com você, Lalai. Acho que pode ter a ver com o ambiente no qual estamos inseridos aqui na Alemanha, como a Gabi sugeriu. É preciso praticar o choro de novo e com essa sua edição, senti vontade de assistir um filme bem leve que me traz as lágrimas de volta <3
É isso...também tenho tido momentos que normalmente me pegam de surpresa e você tem razão, essa dificuldade em desaguar pode estar relacionada também com o passar dos anos e nossa visão da realidade. Seguimos tentando mesmo 💛
eu choro até em comercial de câmera fotográfica rs choro por musicas bonitas, por lugares q fui depois de tanto sonhar conhecer, choro em shows rs assistindo Olímpiadas? sos, choro qdo o país com zero incentivo financeiro tem um representante ganhando medalha, chorei qdo o corredor tropeçou, caiu e ficou em último. Marrocos quase chegando na final na copa22? chorei de emoção a cada jogo q eles venceram, parecia q eu era irmã de um deles.
Chorei em dois momentos assistindo Friends: No pedido de casamento da Mônica e no último episódio, quando eles vão embora...
Este último principalmente, mexeu muito comigo pois sempre fui apegado a lugares e pessoas...e ver ali... os amigos indo embora...era como se eles realmente tivessem ido e ok, não vai mais acontecer...foi muito emocionante.
Rafa, que super lembrança. Friends <3 Estou sentida até hoje com a perda do Matthew. Chorei no pedido do casamento, nem lembrava disso. Obrigada por trazer.
Ótimo texto, Gabi. Chorei com o livro e não vi O Caçador de Pipas no cinema. Me permito, pela idade ( quase 70) sugerir a quem não chora, eu já fui assim, se exercitar. Não acontece com todo mundo, claro, mas há quem perca a capacidade de soltar as lágrimas com o envelhecimento. Incomoda porque o sentimento de dor acontece, só não se converte em lágrimas salvadoras. A dor precisa ser atendida e não tem o socorro primeiro e natural das lágrimas. Chorem, vale a pena.
tem pouco tempo que passei a não mais me envergonhar dos meus choros e nem escondê-los das outras pessoas. quando vem, choro e depois sigo a vida. é bom. a gente tem que dar vazão à torrente de água que as vezes aflui.
Amei! Eu sou daquelas que ainda tem uns gatilhos de "segura o choro, o que o mundo vai pensar", mas quando me lembro que preciso soltá-lo pra conseguir seguir, é um alívio.
Me identifico muito com essa sua trajetória com o chorar. Sempre fui de poucas lágrimas, com fama de capricorniana coração gelado (rs) entre os amigos. Na análise, fui entendendo de onde vinha essa minha repressão das lágrimas, e com o tempo elas se fizeram prevalecer. Chorar é libertador; cada vez que me entrego a esse ato, me sinto vitoriosa. Que a gente chore mais, sempre que der, sempre que quiser. 🌱
Quando criança eu era apelidada de forma pejorativa pela família de manteiga derretida. Nisso, associei totalmente o choro a algo ruim e sempre tentei evitar ele a qualquer custo, em especial em público (no aconchego da minha casa choro em todos os filmes infantis possíveis, a pequena já até acostumou hahaha). Faz pouco tempo que tenho mudado minha relação com as lágrimas e olhado para elas com afeto. Semana passada chorei, de alegria, ao ler as últimas páginas de cor púrpura, chorei pela redenção de tanta gente sofrida, chorei porque era belo demais para guardar dentro de mim. Lindo seu texto Gabi!!
Que lindo a sua nova relação com o choro e passando isso para a Isis, ela será uma adulta que se acolhe mais. Obrigada
Eu sou daquelas que chora ao ouvir uma música, decorando a árvore de Natal, quando meu filho me abraça e diz que me ama.... sou do time do seu marido. Também chorei ao ler O Caçador de Pipas e, diferente de você, não consegui continuar a leitura. Meu choro doeu no peito....
Quando mais nova eu achava ruim ser "chorona". Não combinava com a imagem de profissional respeitada que eu tanto desejava (tal como você belamente descreveu sobre feminismo e machismo). Hoje já consigo encarar como algo bom, que me conecta com tantas outras pessoas. Por aqui a torneira das lágrimas parece nunca fechar. :)
Pri, que lindo. Tenho a impressão que com filhos serei chorona. Chorei com todos os relatos de partos de amigas e desconhecidas haha Taí um tema que me pega. Abrace mesmo sua torneira aberta
A minha trajetória é ao contrário. Eu era uma manteiga derretida e, recentemente, levei pra terapia esse endurecimento que me faz ser tão difícil chorar.
Onww tem fases da vida que exigem tanto que a gente fica mais resistente; não sei se essa é a palavra ideal. Mas, depois, desagua de novo. Também tem a cultura que você está, talvez? Às vezes somos engolidos por algo do ambiente e nem notamos.
Vou entrar no comentário alheio, porque me identifiquei com você, Lalai. Acho que pode ter a ver com o ambiente no qual estamos inseridos aqui na Alemanha, como a Gabi sugeriu. É preciso praticar o choro de novo e com essa sua edição, senti vontade de assistir um filme bem leve que me traz as lágrimas de volta <3
Dani 🥹 que as águas rolem aí.
<3
Pode ser isso também somado à uma dureza que a vida parece trazer com a idade. Tenho uns momentinhos que deságuo, mas não é fácil. Seguimos tentando 💙
Somos a geração que está descobrindo um novo envelhecer né? Estava pensando nisso esses dias. 💕
É isso...também tenho tido momentos que normalmente me pegam de surpresa e você tem razão, essa dificuldade em desaguar pode estar relacionada também com o passar dos anos e nossa visão da realidade. Seguimos tentando mesmo 💛
eu choro até em comercial de câmera fotográfica rs choro por musicas bonitas, por lugares q fui depois de tanto sonhar conhecer, choro em shows rs assistindo Olímpiadas? sos, choro qdo o país com zero incentivo financeiro tem um representante ganhando medalha, chorei qdo o corredor tropeçou, caiu e ficou em último. Marrocos quase chegando na final na copa22? chorei de emoção a cada jogo q eles venceram, parecia q eu era irmã de um deles.
hahahaha maravilhosa!!
Chorei em dois momentos assistindo Friends: No pedido de casamento da Mônica e no último episódio, quando eles vão embora...
Este último principalmente, mexeu muito comigo pois sempre fui apegado a lugares e pessoas...e ver ali... os amigos indo embora...era como se eles realmente tivessem ido e ok, não vai mais acontecer...foi muito emocionante.
Rafa, que super lembrança. Friends <3 Estou sentida até hoje com a perda do Matthew. Chorei no pedido do casamento, nem lembrava disso. Obrigada por trazer.
Ótimo texto, Gabi. Chorei com o livro e não vi O Caçador de Pipas no cinema. Me permito, pela idade ( quase 70) sugerir a quem não chora, eu já fui assim, se exercitar. Não acontece com todo mundo, claro, mas há quem perca a capacidade de soltar as lágrimas com o envelhecimento. Incomoda porque o sentimento de dor acontece, só não se converte em lágrimas salvadoras. A dor precisa ser atendida e não tem o socorro primeiro e natural das lágrimas. Chorem, vale a pena.
Obrigada por partilhar, Regina. Me esforçarei para seguir.
Que seja uma temporada de lavar todas as frestas! (no filme Caçador de Pipas, chorei e fiquei mais impactada do que no livro!)
Nem cogitei ver o filme por isso haha Obrigada, Thais
tem pouco tempo que passei a não mais me envergonhar dos meus choros e nem escondê-los das outras pessoas. quando vem, choro e depois sigo a vida. é bom. a gente tem que dar vazão à torrente de água que as vezes aflui.
beijos!!
Acho que em público ainda não rolou, mas sei que é questão de tempo. Beijos
Amei! Eu sou daquelas que ainda tem uns gatilhos de "segura o choro, o que o mundo vai pensar", mas quando me lembro que preciso soltá-lo pra conseguir seguir, é um alívio.
A gente ainda pensa nisso, né? Aos poucos soltamos!
Me identifico muito com essa sua trajetória com o chorar. Sempre fui de poucas lágrimas, com fama de capricorniana coração gelado (rs) entre os amigos. Na análise, fui entendendo de onde vinha essa minha repressão das lágrimas, e com o tempo elas se fizeram prevalecer. Chorar é libertador; cada vez que me entrego a esse ato, me sinto vitoriosa. Que a gente chore mais, sempre que der, sempre que quiser. 🌱
haha te entendo super, Mari. Sou taurina prática. Que bom que soltamos
Chorar faz bem. Que a gente não se esqueça! 💌
não esquecer mais!