28 Comentários

Quando criança eu era apelidada de forma pejorativa pela família de manteiga derretida. Nisso, associei totalmente o choro a algo ruim e sempre tentei evitar ele a qualquer custo, em especial em público (no aconchego da minha casa choro em todos os filmes infantis possíveis, a pequena já até acostumou hahaha). Faz pouco tempo que tenho mudado minha relação com as lágrimas e olhado para elas com afeto. Semana passada chorei, de alegria, ao ler as últimas páginas de cor púrpura, chorei pela redenção de tanta gente sofrida, chorei porque era belo demais para guardar dentro de mim. Lindo seu texto Gabi!!

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Eu sou daquelas que chora ao ouvir uma música, decorando a árvore de Natal, quando meu filho me abraça e diz que me ama.... sou do time do seu marido. Também chorei ao ler O Caçador de Pipas e, diferente de você, não consegui continuar a leitura. Meu choro doeu no peito....

Quando mais nova eu achava ruim ser "chorona". Não combinava com a imagem de profissional respeitada que eu tanto desejava (tal como você belamente descreveu sobre feminismo e machismo). Hoje já consigo encarar como algo bom, que me conecta com tantas outras pessoas. Por aqui a torneira das lágrimas parece nunca fechar. :)

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Nov 7Gostado por Gabi Albuquerque

A minha trajetória é ao contrário. Eu era uma manteiga derretida e, recentemente, levei pra terapia esse endurecimento que me faz ser tão difícil chorar.

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Nov 12Gostado por Gabi Albuquerque

eu choro até em comercial de câmera fotográfica rs choro por musicas bonitas, por lugares q fui depois de tanto sonhar conhecer, choro em shows rs assistindo Olímpiadas? sos, choro qdo o país com zero incentivo financeiro tem um representante ganhando medalha, chorei qdo o corredor tropeçou, caiu e ficou em último. Marrocos quase chegando na final na copa22? chorei de emoção a cada jogo q eles venceram, parecia q eu era irmã de um deles.

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Nov 7Gostado por Gabi Albuquerque

Chorei em dois momentos assistindo Friends: No pedido de casamento da Mônica e no último episódio, quando eles vão embora...

Este último principalmente, mexeu muito comigo pois sempre fui apegado a lugares e pessoas...e ver ali... os amigos indo embora...era como se eles realmente tivessem ido e ok, não vai mais acontecer...foi muito emocionante.

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Nov 6Gostado por Gabi Albuquerque

Ótimo texto, Gabi. Chorei com o livro e não vi O Caçador de Pipas no cinema. Me permito, pela idade ( quase 70) sugerir a quem não chora, eu já fui assim, se exercitar. Não acontece com todo mundo, claro, mas há quem perca a capacidade de soltar as lágrimas com o envelhecimento. Incomoda porque o sentimento de dor acontece, só não se converte em lágrimas salvadoras. A dor precisa ser atendida e não tem o socorro primeiro e natural das lágrimas. Chorem, vale a pena.

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Nov 6Gostado por Gabi Albuquerque

Que seja uma temporada de lavar todas as frestas! (no filme Caçador de Pipas, chorei e fiquei mais impactada do que no livro!)

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tem pouco tempo que passei a não mais me envergonhar dos meus choros e nem escondê-los das outras pessoas. quando vem, choro e depois sigo a vida. é bom. a gente tem que dar vazão à torrente de água que as vezes aflui.

beijos!!

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Amei! Eu sou daquelas que ainda tem uns gatilhos de "segura o choro, o que o mundo vai pensar", mas quando me lembro que preciso soltá-lo pra conseguir seguir, é um alívio.

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Me identifico muito com essa sua trajetória com o chorar. Sempre fui de poucas lágrimas, com fama de capricorniana coração gelado (rs) entre os amigos. Na análise, fui entendendo de onde vinha essa minha repressão das lágrimas, e com o tempo elas se fizeram prevalecer. Chorar é libertador; cada vez que me entrego a esse ato, me sinto vitoriosa. Que a gente chore mais, sempre que der, sempre que quiser. 🌱

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Nov 6Gostado por Gabi Albuquerque

Chorar faz bem. Que a gente não se esqueça! 💌

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