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Mar 26, 2023Gostado por Gabi Albuquerque

Gabi, assisti ao filme A Baleia ontem e passei a sessão inteira na angústia exatamente para que ele aceitasse ajuda – ainda com toda a questão por trás da saúde dos Estados Unidos, que fica latente na história, e eu acho revoltante. Fiquei assustada com o dado de quase 10% dos americanos viverem nesta condição, não tinha ideia. Encontrei mais uma reflexão importante aqui, o limite entre pedir/aceitar ajuda e o privilégio de ter como/a quem pedir... :-(

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Muito legal trazer esse tema Gabi. Infelizmente para além do preconceito para tratamento de doenças psicológicas tem a questão do acesso também, grande parte da população brasileira depende deste atendimento pelo SUS e ele ainda está muito longe de ser o ideal (são sessões limitadas, tempo limitado e lista de espera longa). Mas para além disso é interessante analisar que, sejam em países ricos ou não a raiz destes distúrbios é o capital e sua estrutura que nós leva ao adoecimento. Fico com uma pergunta na cabeça: Tem como sermos realmente saudáveis dentro deste sistema? (A problematizadora hahaha)

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Mar 20, 2023Gostado por Gabi Albuquerque

"Na rotina acelerada em que estamos é corriqueiro deixar passar sintomas na fase inicial."

Nossa, como isso é verdade! Sou muito parte das estatísticas e só tive diagnóstico de depressão investigando meu intestino, e hoje sei que "lidei" com a situação muito além do aceitável.

Hoje coordeno uma equipe de saúde mental para tentar convencer os colegas do meu trabalho a buscarem o tratamento adequado, esbarramos em muita resistência a fazer psicoterapia e vontade das pessoas de tratarem a saúde mental apenas com medicação...

Adorei as fontes e vou discutir também aqui no grupo de trabalho :)

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Que ótimo texto, Gabi!

Fui voluntária do CVV durante um tempo e é assustador o número de ligações de pessoas que estavam passando por momentos de dificuldade e tristeza, mas não tinham com quem falar. Essas pessoas conseguiam desabafar, de fato, ali comigo ao telefone (uma completa desconhecida), porque não tinham acolhimento e compreensão dentro de casa. Muito difícil isso. Acho que falta tanta tanta informação sobre saúde mental, vejo isso mais na minha "bolha", mas não vejo tanto nas redes de comunicação em massa, que atingem grandes públicos. E acho que falta uma fala direta, e não apenas encenada em novelas. Enfim, muito importante a sua reflexão. Obrigada!

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Mar 20, 2023Gostado por Gabi Albuquerque

Seu texto veio em um momento muito importante para mim. Depois de muito sofrer, enfim, tive a ousadia de pedir ajuda. Primeiro pedi ajuda aos meus pais e não encontrei o acolhimento que buscava mas ainda assim foi importante porque finalmente consegui reunir a coragem de pedir ajuda e nossa, como foi difícil pedir ajuda. Também foi frustrante ouvir negativas que eu não esperava, mas ainda assim importante para eu saber que aquele não era um caminho possível e acho que consegui manter esse movimento. Conversei muito com minha esposa e ela me ajudou muito, juntos decidimos que vou pedir demissão e tirar um tempo para cuidar de mim, coisa que não faço há muito tempo por vergonha e medo de muitas coisas, inclusive de pedir ajuda.

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