Não aprendi a dizer adeus

Sobre os fins necessários e os começos que surgem disso

Apesar das inúmeras mudanças que passei na vida profissional, a hora do fim de um ciclo ainda me deixa demasiadamente sentida e a prolongo até o último segundo. Quem está ao longe, me vê como uma corajosa desbravadora de peito aberto, e eu até sou. Posso dizer que arrisquei e tentei tudo que me pareceu uma boa ideia e uma chance de ser mais feliz. 

Viajei sozinha para Londres, vendi comida saudável e eu mesma cozinhava, comecei um blog no longínquo 2008, transformei minha rotina alimentar quando foi preciso, aprendi a meditar, faço terapia desde 2013, dei palestras, vendi cursos presenciais e online, fiz bijuterias, terminei namoros e dei a volta por cima quando eu que levei o pé na bunda. Arrisquei receitas novas, cursos novos, amigos novos. E no último ano, mudei de cidade com minha casa dentro do caminhão (não literalmente como no filme Up! Altas aventuras). Vejam, não quero me gabar com os riscos e decisões que tomei ao longo dos meus 34 anos, mas se tem algo que tenho orgulho nessa história é de ter tentado. Uma coisa meio "Meu coração não se cansa de ter esperança de um dia ser tudo o que quer”, Gal Costa. 

No entanto a tentativa de ser tudo o que quer não é rápida, nem indolor. Fora das mídias sofro e enrolo até finalmente dar o passo para o risco. Choro, faço análises, converso com meu marido mil vezes, outras mil com os amigos e torro meu terapeuta semana após semana. Bato o martelo e me mantenho presa ao passado com lembranças do que nem vivi.

Te conto tudo isso para dizer que por não saber dizer adeus, demorei tempo demais para trazer os novos rumos a esta lista de e-mail. Em 2021, fechei a caixa da mudança de cidade junto com as minhas mudanças internas, estava na hora de novas aventuras para esta inquieta incurável (amém). Ainda não sabia nem como seria minha vida em outro lugar. Quando entendi esse novo caminho, deu-se a hora do fim do ciclo, mas também de um novo começo. 

Bons ventos trazem

Voltaremos a ter newsletter (para quem estava aqui há alguns anos é retorno) e será semanal. Ela vai se chamar Tempo para você. Nos nossos encontros teremos informação, pesquisa, ciência e também sensibilidade, pessoalidade, intimidade. Dia 04 de julho será nossa estreia. 

Toda segunda-feira chegarei no seu e-mail e cada mês terá um tema, tal qual as revistas (inspiração literal). 

• Na primeira segunda do mês: conversa sobre o tema (Carta aos leitores), uma agenda e uma crônica (Para sentir).

• Na segunda segunda: um ensaio/matéria/entrevista sobre nosso tema mensal (Para refletir). 

• Na terceira segunda: curadoria do que estão falando e pesquisando sobre bem estar e comportamento por aí (Para se atualizar); coisa séria e nada de dieta da sopa. 

• Na quarta segunda: dicas de hábitos, estilo de vida e práticas de rotina com toque mais pessoal (Para se cuidar) e um balanço do mês.

• E se houver uma quinta segunda? Aí terá conteúdo especial! Sempre surpresa. Pode ser uma entrevista em vídeo, um texto de ficção, conteúdo de convidados e o que a criatividade permitir. 

A escrita sempre me chamou, até que enfim a ouvi. Hoje, publicamente, digo adeus ao ciclo dos atendimentos e consultorias de carreira com work life balance, e dou as boas vindas ao novo. Jornalista, escritora, especialista em bem estar, aberta para novas histórias. 

Ps: se você está recebendo este e-mail é porque está automaticamente inscrito e se não quiser participar mais, basta clicar em unsubscribe no final do e-mail.

Até o próximo encontro, 

um beijo, 

Gabi.