Embarcamos para São Paulo semana passada e eu já entrei no avião na expectativa das ótimas comidinhas que consumiria e dos encontros com amigos. Na primeira noite fui dormir mais de zero hora. Acordei ok. Na segunda noite idem. Acordei como se não fosse viver nunca mais. Mal consegui comer no café da manhã e isso é um sintoma gravíssimo no meu ser. Posso chamar de ressaca? Até posso; tomei mais vinho do que o normal. Me conheço mais do que qualquer culpa de águas rasas, portanto, posso atestar, não foi só isso.
Naquele domingo de manhã, além do álcool, na minha conta tinha noites curtas de sono, as tais comidinhas ótimas cheias de gordura, uma tpm justamente na semana da viagem e um clima bem diferente do meu habitual. Tudo bem. Cortei o álcool para aliviar a pressão e segui aproveitando o passeio, a vida é para isso, afinal.
Passado outro dia, estava fazendo meus exercícios na academia - praticamente a força - e notei a pele da perna cinzenta. Lembrei de adicionar na conta que São Paulo, para o meu corpo, é seca mesmo quando está "úmida". Meus lábios e toda minha cútis estavam em vias de socorro. Provavelmente meus órgãos também - o que explica o domingo -, preciso beber mais água quando em terras paulistanas e USAR hidratante. Chegamos, então, ao assunto sensível dos meus hábitos e da newsletter de hoje.
Vejo por aí mil pessoas com aquela coisa sedosa, aparentemente sem traumas por causa do sol ou arranhão acidental e sinto inveja. Se você não entendeu é porque não é como eu e provavelmente você usa todos os hidratantes e creminhos que compra. Eu abro a tampa, sinto o cheiro e depois tampo de volta. Graças a isso, meu banheiro e meu armário eram lotados de potes meio cheios, nunca meio vazios.
Fiz uma limpa na pandemia e agora só compro um novo quando o anterior acaba ou passa da validade, isso significa que a última vez faz mais de um ano. risos. Até essa decisão, sempre encontrava uma embalagem e pensava: esse vai dar certo. É menos grudento, tem cheirinho bom e vou lembrar de passar depois do banho; sonhava com a delícia de dormir com a sensação do dever cumprido. Quanta ilusão! Usava dois dias, depois esquecia. O mesmo vale para as mimosas bisnagas dos de mãos e pés. Podem ser levados na bolsa, mas sempre ficam lá mesmo ou esquecidos na cama, na mesa do escritório, na pia do banheiro. Estes não entram na regra dos gastos, pois ganho com frequência; deve ser as pessoas cansadas das minhas mãos secas.
Em São Paulo, no entanto, a secura e a saúde me obrigaram a lembrar. Tinha na bolsa um pote daqueles de tamanho viagem na fragrância flor de limão, ainda bem; além da limitação nas compras, também criei a regra do cheiro, as chances do meu uso aumentam muito com cheirinhos bons. Não compro mais se não for desses. Se quiserem a dica, o aprovado da vez vindo na mala foi o da L'Occitane au Brésil, até o de mão tem sido aberto mais vezes. Não aposto nenhum centavo em quanto tempo isso vai durar. Também já usei aquele do pote maior da Granado e tive bom engajamento - mais que um mês!! - no de chá branco (não sabia que este chá tinha cheiro até então) e no de ylang ylang, dizem ser afrodisíaco, não posso provar nada sobre isso.
Em nome da minha dignidade, me digam, vocês conseguem usar esses benditos potes inteiros? Espero ter consolo. Ou dicas. Sobre beber água, já domino. Líquidos em dia.
A música que abre o mês não poderia ser outra. Amo Roberta Sá e neste vídeo ela está ainda mais plena gravidíssima. Uma curiosidade: eu e meu marido começamos a sair no final de um mês de janeiro, o que em terras recifenses já é Carnaval; então em fevereiro, quando a agenda oficial já estava acontecendo, oficializamos a relação esperando o show de Roberta Sá, no Pátio de São Pedro.
Ainda se oficializa namoro hoje em dia? Fica aí o questionamento da jovem senhora. De qualquer forma, nossa data comemorativa fixou em janeiro mesmo, inclusive casamos na mesma seis anos depois. Esse parágrafo musical fica de homenagem aos seis anos de casados e 12 junto do meu leitor número um. Vida longa a nós. <3
Tempo para você 2024
O ano começou e eu fui adentrando em suas terras aos poucos. Levei um tempo formulando ideias e criando novas formas da conversa acontecer por aqui. Agora, organizei tudo e partilho aqui. Não significa ausência de outras novidades ao longo de 2024, algo que dê na telha ou que faça mais sentido. Um projeto criativo, ainda mais online, é uma mistura da minha entrega com a recepção de vocês e às vezes algo parece ótimo na nossa cabeça, mas na prática não flui muito bem. Aí a gente ajusta e segue. A criação é um ciclo bonito muito parecido com a vida, no fim das contas.
Dito isso, os envios seguem semanais para assinantes premium e quinzenais para todos, a boa nova será no repertório:
Para assinantes premium, uma vez por mês vou enviar um ensaio aprofundando um tema conectado com a proposta desta newsletter: saúde mental e física, tempo, vida e rotina no contexto contemporâneo. Em fevereiro, a investigação será sobre foco e concentração. Quem aí também está se sentido disperso demais? Enviarei dia 26/02. Se você quiser receber, assine a versão paga até o dia 25/02. Se tiver sugestões de pautas, pode enviar respondendo aqui nos comentários ou no e-mail.
Usarei o recurso do vídeo, algo que sinto falta de produzir (ou de tagarelar?), e vou enviar uma vez a cada dois meses. O tema de fevereiro será a influência da rotina na saúde mental; vou falar sobre as pesquisas e dicas recomendadas por cientistas e, mais que isso, mostrar o que deu ou não deu certo comigo na prática. Um tanto de ciência e um tanto de auto fofoca/exposição, tudo que a internet quer. haha Neste primeiro, envio para aberto para todos poderem entender como funciona. A partir do próximo será 100% fechado.
Tenho outras ideias? Sim. Quero fazer tudo de vez? Também. Dessa vez, no entanto, estou firme no propósito de menos é mais. Quero melhorar minha relação com trabalho e não deixá-lo ocupar todos os meus espaços. Por isso, um passo de cada vez, devagar e sempre. Melhor essa constância do que gastar toda energia de vez. Falei disso sobre leituras em janeiro, né? Vale mesmo para tudo!
Uma semana hidratada pelo nosso bem.
Um beijo,
Gabi
Uso bastante hidratante faz uns anos e depois que mudei pra sp… A quantidade aumentou. Mesmo bebendo muita água, preciso hidratar o cabelo, o rosto, as mãos e ate as unhas. Já usei muitas marcas, mas gosto mesmo do bom e velho Nivea <3
Eu sou a louca do hidratante. Os meus de mãos não duram mais que quinze dias. Uso muito, o tempo todo. Lembrando que eu atualmente eu moro no sertão, mas como nasci na serra sou acostumada a me sentir hidratada. Tive que aprender a usar hidratante e beber bastante água senão ia morrer seca.