#6 Querido trabalho,
A ruína é o caminho que leva à transformação ou meu depoimento sobre os giros da vida
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estes dias cheguei a conclusão que nossa relação pode ser comparada às conjugais. Conheço algumas (muitas?) pessoas que focaram nas suas carreiras na juventude e, hoje, na fase 35/40+ sentem falta de ter um alguém para partilhar a vida de forma amorosa. Não porque só é possível ter um ou outro e sim por uma escolha de onde investir energia. Nem todos desta faixa se identificam com o tal "vazio". Alguns dizem que estão bem como estão, dá para ser feliz sozinho se for rodeado de amigos, ou seja, não é solidão não ter um par romântico fixo. Eu e você, trabalho, passamos por algumas questões semelhantes, apesar de trabalhar não ser exatamente uma decisão tal qual amar.
Curiosidade: é hora de entender como será e como é a existência de uma leva de gente que escolheu fazer diferente. Seja no amor, no trabalho ou na família. Como envelhecemos sozinhos? Como garantimos algumas necessidades básicas da velhice se nunca houve carteira assinada? Como dar amparo aos pais idosos e os filhos pequenos ao mesmo tempo? Essas coisinhas vão surgindo nas rotinas dos divergentes espalhados em todos os lados políticos, sociais e geográficos.
Eu fiz minha contribuição de disrupção no seu setor, trabalho. Aos 22 anos, com um diploma de jornalismo nas mãos, escolhi seguir o caminho da autonomia. Queria ser livre. Minhas experiências em estágios tinham sido muito boas em termos de ofício, mas o clima organizacional deixava a desejar. Me sentia presa naqueles ambientes, ainda mais em Recife. Amo minha cidade para muitas coisas, menos para trabalhar. Se o Brasil ainda tem tantos avanços a fazer nesse assunto, as capitais menores têm mais ainda; tudo soa como “pouco interesse no que você faz bem e muito no seu status social".
Naquela época, no meu contexto, não tínhamos muitos exemplos de mulheres em carreiras corporativas bem sucedidas - sequer tinha muitas grandes empresas lá - e as referências eram: cargos públicos, os quais rejeitei veementemente, empreender ou ser professora (caso de 95% do gênero feminino da minha família). No jornalismo em si, havia: assessoria de imprensa, comunicação de algum órgão público ou empresa (repito, sem variedade), jornais impressos (três locais), TV e Radio (não eram minha praia) e poucos portais. Ainda estávamos começando com o conteúdo para as redes sociais de forma profissional e foi esta a minha brecha.
Esse pacote de poucas oportunidades se soma ao fato de eu ter um pai como o meu. Ele sempre acreditou nos meus sonhos, o que é ótimo, e estimulou todo tipo de experiência. Felizmente, conseguiu prover parte das minhas aventuras. Não sou herdeira, nem casa própria tenho. Meus genitores estão a salvo e somos muito privilegiados neste país, mas, infelizmente, é preciso realmente ter bons dinheiros para ostentar a vida dos herdeiros. risos
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